segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

A Arte da Conquista.


Outro dia eu me peguei pensando sobre o meu modo de paquerar. Paquerar?Palavrinha antiquada essa, pois que seja, paquerar, flertar, dar mole, azarar, encarar,
seduzir e blá. Eu ainda uso o paquerar, me desculpem, bem verdade que eu acho flertar bem mais bonito de dizer, mas enfim...Meu Deus, como eu sou prolixo.
Bom, seguindo a minha linha inicial de raciocínio, e que eu não me perca mais dela, eu definitivamente estou longe de ser como o Johnny Depp em Don Ruan , esta é a verdade.
Tão verdade que se a outra pessoa não tiver um detector de emoções alheias sob o peito, ou uma visão de raio X especializada em procurar o mais minucioso sinal de paixonite, jamais saberá das minhas verdadeiras
intenções. Se eu não sentir da parte dela uma fagulha de interesse, a gente passa a vida toda como bons amigos
ou conhecidos, conforme o caso, nem que isso me corroa o nervos e os pensamentos que fazendo passar noites insones.
Quando o tal sinal é detectado, daí me permito a conversar mais perto, com mais intimidade, ser mais atencioso, mais simpático e trocar boas encaradas. Aí eu prossigo nisso por uns dias, e se tudo sair conforme o planejado , passa se a fase de passar a mão carinhosamente na cintura, se cumprimentar com mais sofreguidão e a minha boa encarada é acompanhada como um risinho no canto da boca, tal qual aqueles da propaganda da Skol, e que, para os bons entendedores, denunciam um tarado-maníaco sexual, que deveras é a minha essência, pronto, falei.
Aí se a pessoa percebe a minha natureza viril de macho (ha ha ha), me põe contra a parede, me diz uma sacanagem e espera de mim alguma resposta, eu dou outro risinho, agora desconfiado meio sacana, pedindo pelamordedeus que seja o bastante, se houver insistência e eu for obrigado a dizer alguma coisa do mesmo nível, o faço de uma maneira tão artificial,tal qual os filmes das Brasileirinhas, que beira o ridículo. Não gosto de mostrar o cardápio, gosto sempre de poder contar com o elemento surpresa.
Coisa que abomino é piscadinha de olho, por favor, isso pra mim é o troféu da cafonice, e se eu ver uma pálpebra se batendo forçosamente em minha direção, rezo aos santos que seja um tique, que pra mim é menos broxante.
Roubar um beijo? NUNCA! Jamais esperem de isso de mim, pois minha personalidade escrupulosa ( escrupulosa sim, oras), e o meu implacável medo de ser inconveniente, impertinente, precipitado, e o pior - não ser correspondido, não me permitiria
tomar uma atitude tão intempestiva como essa.
Pois sim, o apse das minhas atitudes como conquistador ( womanizer, woma-womanizer, oh, oh) é me fazer cruzar propositalmente com a tal pessoa numa festa, num bar, depois de umas cervejinha pra lavar, com uma música bem alta pra que o que eu fale não seja compreendido totalmente, e eu tenha que dizer de novo, me dando tempo de pensar melhor no que eu vou dizer, corrigindo talvez o que eu disse na primeira vez e que não foi escutado, me prevenindo
assim de falar alguma coisa como: "- Vem sempre aqui?" ou "-Essa blusa cai muito bem em você." ou pior, " Seu pai é pirata?".
Com o álcool percorrendo minha corrente sanguínea, meu bem, me segura, porque roubar beijo é o que eu faço de mais sutil nessas ocasiões. É sempre uma cheirada no cangote, um morder de orelha, um passar de língua, mão aqui-mão acolá, empinadas, encoxadas, putarias no ouvidos e o escambal -isso com ou sem a sua permissão.
Também não faço distinção de local, se a outra pessoa não for menos despudorada que eu e me levar pra um lugar mais íntimo, eu faço boa parte do que pretendo ali mesmo, independente de ser no meio da multidão, na frente dos seus pais, atrás da igreja e etc. Mas calma, isso só quando me encontro realmente bêbado, no curto espaço entre o limite máximo da embriaguez e a glicose, tal como ficarei nesses dias de Carnaval que estão por vir e que eu aguardo ansiosamente.
Terminando esse papo furado que não leva a nada, sou o modelo perfeito para se enquadrar no perfil "ou oito ou oitenta", fui sempre assim, em todos os aspectos, fazer o quê?
Haverá no mundo real, um Hitch - conselheiro amoroso, pra deixar um pouco quarenta de vez em quando?

3 comentários:

Bell Bastos disse...

Tem um selo pra você lá no meu blog, passe lá. =D

Beeeijos, Bell.

Pattinha disse...

eu tb não sou muito boa nisso.
os genes de mulher fatal passaram longe de mim.
mas paquerar (hohoho) é muito bom, mesmo desajeitado, mesmo velado.

beijo e me amarrei nas imagens (marcelo camelo de noiva, dogville e barbitch)

:)

Anônimo disse...

Querido!
A arte de "paquerar" NÃO É DADA Á TODOS... he he he com porcentagens de ácool ou não no sangue o que tá vendo é que no fina das contas a gente acaba no positivo. Njs pra usa doce e enlouquecida cabecinha!